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Circa 1519. [M. Moleiro. Barcelona. 2003] 5 Folhas de pergaminho de 41,5x59 cm. e 1 folha de pergaminho de 61x117 cm., acondicionadas em dois belos estojos do editor. As 5 folhas num estojo rectangular com duas abas que abrem para cima e a folha do planisfério enrolada num estojo de secção triangular. Os dois são forrados em seda vermelha com estampagens a ouro. Ilustrado com 10 mapas. Exemplar n.º 266 de uma tiragem de 987. Inclui uma pasta com um certificado notarial que assegura a autenticidade e unicidade deste exemplar. Fac-símile luxuoso e muito cuidado, elaborado com extrema fidelidade artística e material e acompanhado do seguinte livro, publicado 3 anos depois devido a atrasos na redacção de alguns artigos, com importantes ensaios sobre o conteúdo do Atlas, seus autores e o contexto da sua produção: PINHEIRO MARQUES. (Alfredo), Luís Filipe Thomaz e Bernardo Sá Nogueira. ATLAS MILLER [ESTUDOS] Diseño gráfico: Gemma Recasens. Directora editorial: Mónica Miró. Equipo editorial: Maria Algàs, María José Cantón. Traducción del portugués al español: Basilio Losada. M. Moleiro Editor. Barcelona. 2006. De 35,5x25cm. Com 427, [ii] págs. Encadernação do editor inteira de tela azul, com sobrecapa de proteção e fita marcadora em tecido. Profusamente ilustrado, incluindo desdobráveis. O Atlas Miller, realizado em 1519 por Lopo Homem, Pedro Reinel e o seu filho Jorge Reinel, com iluminuras de António de Holanda, é uma das maravilhas da cartografia portuguesa do século XVI e considerado consensualmente como um dos mais belos mapas do mundo. É um trabalho cartográfico luxuosamente iluminado, que retrata o mundo já conhecido em conjunto com iluminuras e decorações sumptuosas, integrando dados recentemente obtidos dos descobrimentos portugueses, mas ainda com uma visão baseada nos conceitos geográficos de Ptolomeu, autêntica obra prima do século XVI, geograficamente conservadora e artisticamente sumptuosa. A concepção geográfica espelha a glória do imperialismo manuelino, que foi o primeiro império global da história, apresentando simultaneamente a metade do globo terrestre que tinha sido atribuída a Portugal pelo Tratado de Tordesilhas, em que as terras predominam sobre as águas e incluindo, pela primeira vez, a representação realista das costas de Madagáscar, das Molucas e do Brasil. Todas as cartas ilustradas com abundantes brasões e bandeiras portuguesas que pretendem demonstrar a esmagadora hegemonia do país e a sua prioridade nos descobrimentos. Glorifica o poder marítimo português, sem pôr em causa a sua estratégia de monopólio. Este magnífico conjunto de cartas geográficas artísticas foi encomendado por D. Manuel I, cerca de 1519, e segundo certos historiadores terá sido um presente matrimonial para a sua terceira mulher, Dona Leonor de Áustria, irmã do imperador Carlos V, (segundo A. Pinheiro Marques) ou terá sido uma oferta ao Papa Leão X, da família dos Medicis (segundo Luís Filipe Tomás). Nas duas hipóteses este conjunto de cartas terá sido levado para França. Na primeira, D. Leonor depois de enviuvar do rei D. Manuel casou com o rei D. Francisco I de França, levando consigo o Atlas passando este, depois, para a posse da Rainha de França, Catarina de Medicis, sobrinha neta do Papa ou na segunda hipótese o Papa não teria colocado o atlas na Biblioteca Vaticana e ele teria passado a integrar os bens da sua família e sido herdado por Catarina. Posteriormente a sua história é desconhecida (terão sido roubados durante a Revolução Francesa?) até que, em 1855, o Visconde de Santarém as comprou ao livreiro Chavanay, em Paris, as estudou e escreveu um ensaio sobre elas só publicado em 1919. No fim da sua vida o Visconde cedeu as cartas ao seu amigo Benigne-Emanuel Clément Miller a quem devia dinheiro por causa do atraso dos pagamentos que lhe eram devidos pelo governo de Portugal, ver (Cortesão, 1935). Em 1897 a viúva de Miller vendeu as cartas à Biblioteca Nacional de Paris. DESCRIÇÃO DO ATLAS : consiste em 5 fólios desenhados e pin. Seller Inventory # 2310SB006
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